
Amo-a sem pausa, todo santo dia. E eu - que nao sei direito amar, porque duvido - reconheco que esse amor é raro. Me pergunto o que em mim é verdade. Se digo, escrevo e escuto verdades. Se estar com quem estou é verdade. Se meu passado e meu caminho sao verdades. Mas nunca me questino sobre o amor que sinto por ela. A dúvida nunca existiu. Mesmo nos dias mais escuros, nas noites mais frias, nas horas mais solitarias, esse amor esteve sempre ali. Desde o primeiro instante forte e pulsante e a partir de entao intocavel. E quando falo nela - tenho tantas testemunhas - meu olhos se perdem e brilham.
Acabo de chegar em casa depois de uma madrugada de trabalho. Voltei de bicicleta "nova". Comprei ontem , depois de um almoco preguicoso, a caminho do banco. Paguei com o dinheiro da conta do telefone, que ficou para mes que vem. Trabalho no seu noroeste. Moro no seu sudeste. Sao 9:23 da manha e já corri seu corpo todo. Uma manha de fins de agosto, já fresca, mas que promete ainda 28 graus. Ouvi dizer que será o último dia de verao. Gosto da primeira luz do dia, gosto da solidao pelas ruas nas manhas de sabado, gosto do silencio, de correr pela beira do canal e ver o reflexo dos choroes pela agua. Gosto muito quando estamos só eu e ela. Gosto de verdade dela. E gosto tanto...
3 comentários:
DEu uma saudade de caminhar por aí pelas ruas...
Lindo, lindo, lindo. Fiquei toda mechida, parece minha Sydney....
Tambem amo ela, os que gostam dela e todos os motivos que me fizeram morar nela.
O antigo amor enciumado, dona de uma liberdade azul (ou seria verde?) que se tornou cliche, as duas disputando forcas torre e predio, as indoles diferentes que me encantavam da mesma maneira, so fizeram confirmar uma teoria quase catatonica de que e possivel sim ter dois amores.
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