20 de ago. de 2010

Ela


Amo-a sem pausa, todo santo dia. E eu - que nao sei direito amar, porque duvido - reconheco que esse amor é raro. Me pergunto o que em mim é verdade. Se digo, escrevo e escuto verdades. Se estar com quem estou é verdade. Se meu passado e meu caminho sao verdades. Mas nunca me questino sobre o amor que sinto por ela. A dúvida nunca existiu. Mesmo nos dias mais escuros, nas noites mais frias, nas horas mais solitarias, esse amor esteve sempre ali. Desde o primeiro instante forte e pulsante e a partir de entao intocavel. E quando falo nela - tenho tantas testemunhas - meu olhos se perdem e brilham.

Acabo de chegar em casa depois de uma madrugada de trabalho. Voltei de bicicleta "nova". Comprei ontem , depois de um almoco preguicoso, a caminho do banco. Paguei com o dinheiro da conta do telefone, que ficou para mes que vem. Trabalho no seu noroeste. Moro no seu sudeste. Sao 9:23 da manha e já corri seu corpo todo. Uma manha de fins de agosto, já fresca, mas que promete ainda 28 graus. Ouvi dizer que será o último dia de verao. Gosto da primeira luz do dia, gosto da solidao pelas ruas nas manhas de sabado, gosto do silencio, de correr pela beira do canal e ver o reflexo dos choroes pela agua. Gosto muito quando estamos só eu e ela. Gosto de verdade dela. E gosto tanto...

3 comentários:

Giu Rocha disse...

DEu uma saudade de caminhar por aí pelas ruas...

Bombom disse...

Lindo, lindo, lindo. Fiquei toda mechida, parece minha Sydney....

coracaoaomolhopardo disse...

Tambem amo ela, os que gostam dela e todos os motivos que me fizeram morar nela.
O antigo amor enciumado, dona de uma liberdade azul (ou seria verde?) que se tornou cliche, as duas disputando forcas torre e predio, as indoles diferentes que me encantavam da mesma maneira, so fizeram confirmar uma teoria quase catatonica de que e possivel sim ter dois amores.