30 de out. de 2008

À Palo Seco


Talvez tenha sido só solidao. Ou quem sabe um bucadinho de saudade. E porque nao uma revolta momentanea contra a cultura germanica... ou um esgotamento do companhia massante com o eu. Pode ter sido TPM, cansaco, frio ou até falta do que pensar. Um pouquinho de tudo ou nada disso. O fato é que veio, mas já passou. E ninguém mais brasileiro que um cearense pra me ajudar a extravasar. Dale Belchior!


Se você vier me perguntar por onde andei

No tempo em que você sonhava

De olhos abertos lhe direi

Amigo, eu me desesperava


Sei que assim falando pensas

Que esse desespero é moda em 73

Mas ando mesmo descontente

Desesperadamente eu grito em português


Tenho 25 anos de sonho e de sangue

E de América do Sul

Por força desse destino

O tango argentino me vai bem melhor que o blues


Sei que assim falando pensas

Que esse desespero é moda em 73

Eu quero que esse canto torto

Feito faca corte a carne de vocês

What I’ll Miss About George W.


O jornal americano The New Yorker fez um apanhado de charges divertidíssimas sobre o "revolucinário" presidente americano, o único que consegui contrariar a teoria de Darwin. Parabéns Bush, os humoristas vao sentir sua falta....


Dom von Bibilim


29 de out. de 2008

...

"E basta contar compasso
e basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração
Na curva de um rio, rio..."

28 de out. de 2008

Amigo é Para Essas Coisas

... mas ela é para todas.
Se soubesse como a amo... Eita amiga boa, cada vez mais irma.
Obrigada, bonita, pelo presente e pela memória.


- Salve!
- Como é que vai?
- Amigo, há quanto tempo!
- Um ano ou mais...
- Posso sentar um pouco?
- Faça o favor
- A vida é um dilema
- Nem sempre vale a pena...
- Pô...
- O que é que há?
- Rosa acabou comigo
- Meu Deus, por quê?
- Nem Deus sabe o motivo
- Deus é bom
- Mas não foi bom pra mim
- Todo amor um dia chega ao fim
- Triste- É sempre assim
- Eu desejava um trago
- Garçom, mais dois
- Não sei quando eu lhe pago
- Se vê depois
- Estou desempregado
- Você está mais velho
- É
- Vida ruim
- Você está bem disposto
- Também sofri
- Mas não se vê no rosto
- Pode ser...
- Você foi mais feliz
- Dei mais sorte com a Beatriz
- Pois é
- Pra frente é que se anda
- Você se lembra dela?
- Não
- Lhe apresentei
- Minha memória é fogo!
- E o l´argent?
- Defendo algum no jogo
- E amanhã?
- Que bom se eu morresse!
- Prá quê, rapaz?
- Talvez Rosa sofresse
- Vá atrás!
- Na morte a gente esquece
- Mas no amor agente fica em paz
- Adeus
- Toma mais um
- Já amolei bastante
- De jeito algum!
- Muito obrigado, amigo
- Não tem de quê
- Por você ter me ouvido
- Amigo é prá essas coisas
- Tá...
- Tome um cabral
- Sua amizade basta
- Pode faltar
- O apreço não tem preço, eu vivo ao Deus dará

Composição: Silvio Silva Júnior/Aldir Blanc

25 de out. de 2008

Um bucadinho de calor

Uma brisa ameaca falar de ti. Mas nao venta....

Os passarinhos,
Pardais como o verao extintos
Nao falam mais ao ouvido faminto

Enquanto isso tudo seca
O outono, por aqui tao dourado e fantasioso
Grita, ensaia, preve o que está para congelar tudo.

As ultimas folhas vermelhas forram o chao com um manto melancolico
Quase romantico, mas nao.
A unica coisas que dita

Sao passos solitarios
Que rossam infantis
Na descoberta de um novo lugar

Mas a varredura da estacao
levou tambem tudo que me era rubro
As folhas, a barba, o amor...

Por ande será que voam?
Oh brisa calada
Ve se assovia, mande um bucadinho de calor

Salve

Oh! que caminho tão longe
Que ninguém se perde nele
Penando tanto arrudeio
Por causa das luminária
Das mães de Deus das Candêa

Salve
A vós brandamos os degregados filhos de Eva
A vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas
Ei-a pois advogada nossa
Esses vossos olhos Misericordiosos
A nós Volvei

Meu São João meu São Joãozinho
Meu santinho protetor
Mandai pela voz do vento
Notícias do meu amor

Cordel Do Fogo Encantado

24 de out. de 2008

O que nao mata, engorda. E o que nao alimenta, diverte.

Jorge Alberto se deu a liberdade de publicar - e brilhantemente traduzir - a selecao feita por um jornal ingles sobre as grandes bizarices do mercado editorial. Eu, como li, ri, e reli, resolvi postar aqui também. Mas nao rolou, deu pau na maquina. Os homens nao entendem as mulheres e, parte delas, nao entem as maquinhas. Como eu faco parte dessa parcela, resolvi nao brigar com a minha. Fica ai a dica divertida para mais um blog que entra na lista dos favoritos.

O blog: http://pt-br.wordpress.com/tag/mercado-editorial/

A materia: http://recantodaspalavras.wordpress.com/2008/09/08/os-28-piores-ou-mais-estranhos-livros-e-suas-capas/

O eu que nao se cansa de procurar

Meu nome é eu, mas isso nao tem forma, apenas um conteudo mutavel. Muitas vezes o exterior nao acompanha o interior. Tropeco e levanto, sempre com a esperanca de que dessa vez amprenderei a andar.

Meu nome é branco, mas isso nao significa vazio. No presente tento esquecer o passado para finalmente deixa-lo morrer em paz. Só assim reiventarei o que me aparece em cada novo minuto do eu no mundo. É tempo de limpar as gavetas, infrentar as baratas e jogar fora o que já nao serve mais, sem dor, remorso ou falsas nostalgias.

Meu nome é sou e isso nao tem tamanho. Ora fica pequeneninho, ora é um gigante desastrado que ainda nao sabe muito sobre delicadezas. Observo toda a construcao e reavalio a posicao dos tijolos que muitas vezes foram colocados de forma aleatoria e influenciada. Quais as decisoes que tomei com real autenticidade?

Meu nome é nada. É tudo. E é voce tambem. As vezes sou uma multidao angustiante, as vezes sou um vazio apatico. Ha muito nao sinto uma alegria histerica. E isso me faz realmente feliz.

Meu nome é lá, mas estou aqui. Me mudei para onde vim, mas do que é meu, por ser de lá, nao abro mao. Meu nome é aqui, apesar de ser de lá. Vim de lá e mudei. Sou aqui mais do que conseguia ser por lá.

Meu nome é Fernanda.., F-E-R-N-A-N-D-A! E soa ainda estranho, mas foi a primeira vez consegui gritar.
Meu nome é medo, mas isso nunca teve tanta coragem.
Meu nome é saudade, mas da boa, sem nenhuma vontade de voltar.
Meu nome é busca. E quando encontrar, agarrarei com forca, embalarei nos bracos e levarei para casa. "Voltarei! A ser que nunca fui"