23 de jan. de 2009

Individualizacao


Jung trilhou a individuação, pois havia a necessidade imperiosa nele de ir ao inferno e voltar para poder mostrar o caminho da volta àqueles que ficaram perdidos pelo caminho da vida. Tornou-se ele uma resposta sincera e corajosa ao nosso tempo. "Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der".

21 de jan. de 2009

Anjos em minha vida


Ve, li essa materia no blog da rachel nunes e fiquei pensando...
Pensando no quanto a natureza tem a nos ensinar e o quanto temos nos tornado ignorantes ao despercebe-la.
Foi isso que de certa forma me ensinou hermann hesse, a buscar na natureza aulas de vida. Em como ela pode ser uma fonte de inspiracao ao mesmo tempo que nos ensina com tanta poesia como a vida é bela e crua.
Como nesses programas de televisao sobre os animais e sistemas. Toda a beleza, as cores, e musica natural num ritimado silenciso, que as vezes pode ser tao alto que assusta. Nao consigo assistir um predador cacanco sua presa.
E por que? sera que na minha vida arredomada de vidro nao aprendi o essencial? Sera mesmo que nasci privilegiada, ou todo esse perigo que me é negado acaba me faltando no final? O Netuno tem razao. O ato nao está, por exemplo, em ser vegetariano. Nao estamos sendo coerentes assim. O que deveriamos era matar tudo que comemos, para assim saber que para vivermos, uma outra vida se doa. Assim nasce o respeito. E talvez ao ouvir os gritos de desespero de um animal no abatedouro, pensaremos
muitas vezes mais antes de jogar comida fora.

A teoria demasiada vem me traindo. Nunca fui academica. Tudo que realmente sei aprendi na pratica. No entanto tenho confabulado tantas ideias e quase nao as colocando em pratica. Montar uma estrategia de guerra é uma coisa, estar no campo de batalha é outra bem mais complicada. E quando estamos nele, vemos que tudo ao que realmente nos prendemos, na hora real fica pequeno. Os detalhes sao os que realmente nos ensinam e é neles que pescamos o respeito. Ser garconete tem me dado, assim como todo resto em minha vida, muito mais que a expetiencia em restaurante. Mas principalmente, me trouxe novas questaoes de vida. E como tudo isso é mais importante, mais belo, né ve?

O Netuno uma vez me falou que quando ia trabalhar no museu pedia para que cada visitante viesse com seu anjo. Assim nao seria um encontro entre homens, mas sim uma reuniao celestial. Quando estou com voce me sinto assim. Como se estivessemos entre anjos. Obrigada por me proporcianor momentos tao intensos de alma. Nunca imaginei que pudesse ser assim.

Ate amanha
Bjinhos
Fe

O título - a natureza é só uma parte da equação - está na página 95 de O filho eterno, romance muito premiado do brasileiro Cristovão Tezza. O livro é sobre isso: narrar as minúcias muitas, as perplexidades humanas, suas dúvidas, fraquezas. Pesar as partes da equação, reconhecer o dado do natural e quedar-se algo derrotado sob um fato incontornável: um filho eternamente filho, com Síndrome de Down, retardado, mongolóide, desprezível (por que não morre? tantas vezes pergunta o pai), mas filho, que não aprende e de alguma forma ensina, provoca ações e reações que Tezza tenta penetrar em profundidade, sob as regras da ficção, em um problema que lhe é presente: de fato, o escritor é pai de um filho com Síndrome de Down. Comecei sublinhando trechos e mais trechos; por fim desisti, pois teria que, praticamente, sublinhar o livro inteiro. Não é, ao contrário do que possam pensar alguns, "literatura edificante", de autoajuda. Para Tezza, o dia amanhecerá, independentemente das forças - a favor ou contra. Então ele destrói, reconstrói, destrói de novo o mundo à sua volta, mas este lhe volta intacto, destruindo e reconstruindo o autor, em um moto perpétuo entre o acaso e a estupidez, que o autor vê em si e refletida no filho. Se revolta, vão e sonhador; resulta disso uma fileira de obras e este último romance, nascido da idéia melancólica, brutal, cruel, de um mundo representado pelas idéias que o alimentam. Cada página, é, assim, um romance inteiro, recender à vida nas palavras que nos queimam. Ao final, as conciliações possíveis, e o encontro improvável, no futebol, da compreensão de um enredo comum a ele e ao filho: "Bandeira rubro-negra devidamente desfraldada na janela, guerreiros de brincadeira, vão enfim para a frente da televisão - o jogo começa mais uma vez. Nenhum dos dois tem a mínima idéia de como vai acabar, e isso é muito bom".

20 de jan. de 2009

Palavras do meu super homem

Cara Filha,

Ao ler um artigo em blog de ciência colhi a seguinte frase em alemão "Glück des Tüchtigen" o que significa, pelo menos pela tradução do blogueiro, " a sorte dos esforçados", dando, pela ética da cultura alemã do trabalho, o contrassenso, porém indicando, que só existe sorte para quem se esforça.

Pois bem, posso dizer que esta frase cabe a vc, tanto pelo que vc ja fez, e principalmente pelo que vc vem fazendo a longo dos últimos meses. Tenha muita sorte.

Um grande bj e saudades. pai