7 de jul. de 2010

“Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira.” Cecília Meireles

Morro no velho mundo como nao morria no novo. Morte como ela deve ser: fria, negra e impiedosa. Mas é dela que faz-se, com o fim do inverno, também o fim do inferno. E ao primeiro raio de sol tudo é perdoado. O que era só pecado, torna-se imune prazer. Vivo no verao um sonho inarrável. Sim, antes morro - trágica. Pelo bel e único gozo de renascer na volta da luz. Virgem, desmemoriada, ilesa como se nunca tivesse morrido. Chego além, broto fresca e crente como se nunca antes tivesse siquer nascido. Círculo de pesos, danca das recompensas. No outono adoeco, no inverno morro, na primavera renasco. Agora, que é verao, vivo!

2 comentários:

Ana Carolina Ralston disse...

lindo fefe, as estacões que deixam óbvia as transformações, transformam :-)

Isabela Mena disse...

wow, que lindo isso!!!