4 de fev. de 2010

Impulso

O indivíduo pode visar numerosos objetivos pessoais, finalidades, esperencas, perspectivas, que lhe deem o impulso para grandes esforcos e elevedas atividades; mas, quando o elemento pessoal que o rodeia, quando o próprio tempo, nao obstante toda agitacao exterior, carece no fundo de esperancas e perspectivas, quando se lhe revela como desesperador, desorientado e falto de saída, e responde com um silencio vazio à pergunta que se faz consciente ou inconscientemente, mas a todo caso se faz, a pergunta pelo sentido supremo, ultrapessoal e absoluto, de toda atividade e de todo esforco - entao se tornará inevitável, justamente entre as naturezas mais retas, o efeito paralisador desse estado de coisas, e esse efeito será capaz de ir além do domínio da alma e da moral, e de afetar a própria parte física e organica do indivíduo. Para um homem se dispor a empreender uma obra que ultrapassa e medida das absolutas necessidades, sem que a época saiba uma resposta satisfatória à pergunta "Para que?", é indispensável ou um isolamento moral e uma independencia, como raras vezes se encontram e tem um que heróico, ou entao uma vitalidade muito robusta.

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