24 de out. de 2008

O eu que nao se cansa de procurar

Meu nome é eu, mas isso nao tem forma, apenas um conteudo mutavel. Muitas vezes o exterior nao acompanha o interior. Tropeco e levanto, sempre com a esperanca de que dessa vez amprenderei a andar.

Meu nome é branco, mas isso nao significa vazio. No presente tento esquecer o passado para finalmente deixa-lo morrer em paz. Só assim reiventarei o que me aparece em cada novo minuto do eu no mundo. É tempo de limpar as gavetas, infrentar as baratas e jogar fora o que já nao serve mais, sem dor, remorso ou falsas nostalgias.

Meu nome é sou e isso nao tem tamanho. Ora fica pequeneninho, ora é um gigante desastrado que ainda nao sabe muito sobre delicadezas. Observo toda a construcao e reavalio a posicao dos tijolos que muitas vezes foram colocados de forma aleatoria e influenciada. Quais as decisoes que tomei com real autenticidade?

Meu nome é nada. É tudo. E é voce tambem. As vezes sou uma multidao angustiante, as vezes sou um vazio apatico. Ha muito nao sinto uma alegria histerica. E isso me faz realmente feliz.

Meu nome é lá, mas estou aqui. Me mudei para onde vim, mas do que é meu, por ser de lá, nao abro mao. Meu nome é aqui, apesar de ser de lá. Vim de lá e mudei. Sou aqui mais do que conseguia ser por lá.

Meu nome é Fernanda.., F-E-R-N-A-N-D-A! E soa ainda estranho, mas foi a primeira vez consegui gritar.
Meu nome é medo, mas isso nunca teve tanta coragem.
Meu nome é saudade, mas da boa, sem nenhuma vontade de voltar.
Meu nome é busca. E quando encontrar, agarrarei com forca, embalarei nos bracos e levarei para casa. "Voltarei! A ser que nunca fui"

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